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Archive for maio \15\-03:00 2009

Lançamento: Manoel de Mello & Rádio

Lançamento: Manoel de Mello & Rádio

“Através desta obra, José Hélio destaca-se como um pentecostal que pensa, reflete, pesquisa e enriquece a igreja evangélica brasileira”.

Dr. Paulo Romeiro.

Entre em contato para encomendas.

Valor do Livro R$ 30,00;  (1…,e-mail:  prjosehelio@terra.com.br

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A forma com que os indivíduos são tratados pela sociedade refletirá a visão que ele tem de si mesmo e de como ele é visto pelas outras pessoas.  Tão importante como a sua auto-imagem, pois as suas atitudes derivam do que está no seu interior, é a visão que o outro tem dela, porque os tratamentos dispensados pelas pessoas que estão ao nosso redor procedem da forma com que elas nos enxergam. Desde o Velho Testamento Deus trata as pessoas como àquelas que são dependentes d’Ele, cujas vidas lhe pertence e que, apesar da capacidade de pensar e tomar decisões, elas vivem dentro de limites e por isso, necessitam dos cuidados do seu Criador. Dentro dessa relação de dependência e cuidado os autores sagrados encontraram na figura da ovelha um protótipo para os crentes. Possivelmente o texto veterotestamentário que melhor expressa essa idéia, ou pelo menos o mais lembrado, seja a do Salmo 23, onde o rei e poeta Davi faz uma analogia comparando-se com uma ovelha e pondo Deus no lugar de seu pastor. Essa comparação foi feita também por Jesus, que se colocou no lugar do pastor e afirmou que os crentes são suas ovelhas (João 10, por exemplo).

Entre algumas das características do gado ovino estão à obediência, submissão, fragilidade e, sobretudo, a carência de cuidado. Uma ovelha não consegue se defender dos predadores e necessita ser levada para os lugares seguros onde tenha alimento e água, pois sem essa atenção por parte do pastor ela tanto pode morrer desnutrida como virar refeição de predadores naturais. Reconhecendo também que o homem tem essas características espirituais, Jesus disse, por várias vezes, que os cristãos são suas ovelhas e que por causa delas Ele daria a sua própria vida. Não bastando, o Bom Pastor deixou como principal função de seus discípulos o arrebanhar e apascentar as suas queridas ovelhas, inclusive aquelas que ainda não estavam no aprisco, mas andavam desgarradas. Contrapondo-se a tudo que é importante para Deus está o diabo, a quem Jesus chamou de “mercenário”, ou seja, aquele que não é pastor, mas tem interesse no que as ovelhas podem lhe oferecer. O mercenário não gosta de ovelhas e tão pouco quer cuidar delas, mas sabe o quanto elas são importantes para o Supremo Pastor e que mortas representam lucros. Ovelhas vivas são sinônimas de trabalho, mas abatida elas dão lucro porque podem ser vendida a carne e a lã.

Observando o campo religioso brasileiro, sobretudo nos últimos vinte e cinco anos, percebemos o quanto os grupos evangélicos e seus devidos  têm crescido em número de fieis. Do ponto de vista social, esse crescimento é importante, pois acabou diminuído a influência e domínio romano, dando ao povo a opção de ser cristão em outra igreja. Agora, quando esse olhar é em uma perspectiva religiosa e doutrinária, os cristãos devem começar a se preocupar, porque estamos vivendo em tempos de absoluto abandono de princípios bíblicos e éticos para adotar modelos de igrejas “business”, ou seja, aquela que dá resultado custe o que custar, onde “os fins justificam os meios”. Nesse contexto estão as pessoas que buscam na religião, inclusive evangélica, um Deus que cuide delas e proporcione o refrigério que sua alma anela. Com essas mudanças no campo religioso, surgiram entre os evangélicos os novos ofícios, que não estão na Bíblia, como os “gerentes de igrejas”, cuja principal característica é que recebem o título de pastor ou bispo, quando são meros gestores de um negócio que envolve a fé.

Enquanto muitos crentes se vêem como ovelhas de Jesus, em virtude de sua fé no Salvador, eles estão recebendo o tratamento de alguns “pastores” como se fosse gado nelore. Na verdade essa é a nova modalidade “ministerial” que detectamos em meio a essa miscelânea religiosa dita evangélica, onde o pastor das ovelhas de Jesus ganhou outra configuração, a de fazendeiro de gado nelore. Talvez você não saiba, mas o gado nelore é uma espécie moderna de bovino que é criado para ser abatido, pois seu biótipo o faz um animal com muita carne, que consecutivamente tem maior valor financeiro se ele for engordado e abatido, do que propriamente vivo. Fazendo uso dessa analogia podemos dizer que, infelizmente, temos assistido entre os grupos evangélicos aqueles líderes que não são pastores das ovelhas de Jesus, porque as tratam como gado nelore e como tal precisam engordá-los para que elas dêem lucros. (entendam gordas como ricas).

Além de escrever esse texto e denunciar esse desmando e desvirtuamento do papel de algumas igrejas evangélicas brasileiras, resta-nos a fé de que Deus irá impor a essa classe de líderes a mesma sentença que prometeu aos falsos pastores de Israel, cujas práticas eram semelhantes a de alguns de nossos dias e estão descritas em Ezequiel 34.

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